Amigos, o que vem pela frente após essa pandemia do Covid19, ninguém sabe! Qualquer previsão é mero exercício de futurologia, de “chute” mesmo!, pois não sabemos nem quanto tempo ainda vai durar a quarentena. Certo é que muitas coisas deveriam ou poderiam mudar, sendo o futebol uma delas!
Se fôssemos um país mais culto, mais politizado e engajado, eu até acreditaria em movimentos de pressão popular que produzissem uma real mudança na política (Senado, Câmara, STF, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais são um verdadeiro escárnio!) e, por consequência na estrutura e nas esferas do poder do futebol! Porém, apesar de ser um idealista, não sou ingênuo! Quem está no poder não quer largar o osso, ou os privilégios… e quem ajuda a colocar essas pessoas no poder, ou é ignorante, ou miserável, ou alienado, ou interesseiro!
Vejo as crises como oportunidades de mudanças, de evolução, de se quebrar paradigmas e o caso do Cruzeiro é mais do que emblemático, mas as oportunidades só são vistas por gente atenta, ou disposta! O clube, praticamente destruído pela gestão criminosa de uma aberração como o trio Wagner Pires / Itair Machado / Sérgio Nonato, está na lona! As barreiras políticas deveriam estar no chão para que um sólido pacto de união pelo salvamento do clube estivesse em andamento! Mais do que salvamento, eu acredito mesmo que poderia ser dado um salto de modernidade em direção a esta Era da Transformação Digital já em curso no mundo inteiro!
Seria a hora de romper com as práticas arcaicas e se REINVENTAR! Ousar! Inovar! Se rebelar contra o “mais do mesmo” dominante neste meio! Mostrar um modelo de gestão genuinamente inovador que atraísse a atenção de todos e, consequentemente, de parceiros e investidores!
O conservadorismo de um futebol cujas esferas de poder não aceitam o contraditório tem impedido um avanço significativo que poderia beneficiar a imensa maioria dos que nele militam e não apenas uma pequena casta de privilegiados! Vale lembrar as palavras do liberal Roberto Campos, que disse que o Brasil foi forjado essencialmente sob três culturas: 1) Cultura do Privilégio, ibérica; 2) Cultura do Misticismo, africana; e 3) Cultura da Indolência, indígena! Ou seja: difícil promover mudanças da parte de quem não que abrir mão dos privilégios, de quem acha que tudo bem ficar assim por acreditar que é desígnio divino, ou de quem nunca se esforçou ou se interessou em trabalhar duro para evoluir!
Há no futebol um conformismo desanimador: “Ahhh… Futebol é assim mesmo!”… onde o conhecimento assusta, é ameaça… e a ciência não é bem vista!
Assim, a pergunta que fica é: como sair deste estado de eterna crise com as mesmas pessoas que estão aí há décadas? A CBF, diante da pandemia, acena com migalhas: isenção das taxas de registro e transferência! Piada! Mas também não se vê um único clube grande se mobilizando para ajudar aos pequenos!
Clubes falidos, de pires na mãos, vendendo o almoço para pagar a janta, com cotas de direitos de transmissão adiantadas por não se sabe quantos anos e assim permanecendo perpetuamente escravizados aos interesses de Globo/CBF/Federações! Os clubes em atitude burra, olhando apenas para seus próprios umbigos e para o resultado imediato, não se mexem, não se unem por uma ruptura com este nefasto “mecanismo”, o que teria tudo para ser salutar, mesmo no curto prazo!
Há alguma esperança no processo cada vez mais maduro dos clubes empresa, da abertura para investidores/proprietários externos! Mas a gestão precisa se modernizar mais rapidamente. A modernidade vem com monetização digital, geração e exploração de conteúdo próprio, enxergar tendências, sair na frente, proporcionar produto de qualidade e a preço justo, entendendo que o seu produto é FUTEBOL, logo, tem que melhorar a qualidade de jogo do seu time – Aqui, já seria necessário vontade política, inteligência e menos ganância, da parte de todos (CBF/Federações/Globo/Clubes) para elaboração de um calendário mais racional e humano! – E aprender: Como fidelizar seu público consumidor? Quem é o seu público consumidor, e qual é o seu perfil? O que seu clube oferece enquanto produto de consumo nos dias em que não tem jogo? Qual tem sido a experiência deste seu público nos estádios? Boa, ruim, pode melhorar, como?
Eu enxergo três pilares de Gestão de Excelência, essenciais a qualquer clube: RH, Financeira e Técnica-Desportiva! Citando apenas ao de RH: Pessoas! São elas que fazem as coisas funcionarem! People Analytics, Coach Empresarial, Excelência e Performance Humana, etc., são investimentos mais do que necessários para a otimização da performance laboral em prol do clube! O funcionário valorizado, treinado, engajado! Assisti hoje a uma apresentação de uma empresa americana que pretende oferecer estes serviços a clubes de futebol no Brasil! Gostei… e muito!
Vamos aguardar e continuar torcendo!
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