⚔️ ARMAS: UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE!

 

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ARMAS: UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE!

Há cerca de um ano e meio atrás, comecei a me interessar pelo universo do tiro esportivo. Como a maioria dos integrantes deste nicho, ao efetuar meu primeiro disparo em um stand, acabei “fisgado” e desde então foram vários cursos e, finalmente, a qualificação como IAT (Instrutor de Armamento e Tiro) e como CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) categoria autorizada pelo SIGMA (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas) a cargo do Exército Brasileiro, a liberar a posse de armas de fogo. O outro sistema de controle de armamento é o SINARM (Sistema Nacional de Armas), este a cargo da Polícia Federal.

Pois bem, quando Samuel Colt inventou o revolver de seis tiros, em 1836, o “slogan” para vendê-lo era o seguinte: “Deus fez os homens diferentes; Sam Colt os tornou iguais“! O que ele queria dizer com isso, é que, o revólver veio trazer proteção aos mais fracos e equilíbrio de forças e oportunidades em confrontos com os fortes e valentões! A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma mulher de 50 Kg e um assaltante de 100 Kg; um aposentado de 75 anos e um marginal de 19, um indivíduo sozinho contra um carro cheio de bêbados armados de bastões de baseball. A arma de fogo tira de cena a disparidade de força, de tamanho ou de número numa situação em que haja atacantes potenciais e uma pessoa se defendendo. 

 

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Samuel Colt (1814 – 1862)

Revolver calibre 45 Colt Peacemaker - Armas de Colección

O lendário revólver Colt 45 foi visto em milhares de filmes de faroeste.

 

Desde a pré-história, as armas vem sendo inventadas e desenvolvidas como forma de garantir a sobrevivência da espécie humana, assim não fosse, o homem não teria sobrevivido nem mesmo ao confronto contra os animais selvagens, também estes, dotados de suas armas naturais como cascos, chifres, garras, presas, venenos, camuflagens, etc., além claro, de características físicas como tamanho, força, velocidade, resistência e agilidade. Criar armas que tornaram possível ao homem caçar e abater animais muito maiores e mais fortes é uma prova de nossa inteligência e engenhosidade! Nenhuma outra espécie é capaz disso!

 “AS ARMAS SÃO A CIVILIZAÇÃO” Major L. Caudill, Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA

As pessoas só têm duas maneiras de lidar umas com as outras: pela razão ou pela força. Se você quer que eu faça algo para você, você terá, ou de me convencer via argumentos, ou de me obrigar a me submeter à sua vontade pela força. Todas as interações humanas caem em uma dessas duas categorias, sem exceções. Razão ou força, só isso”.

As civilizações, como existem hoje, só foram possíveis graças à força das armas e do poderio bélico! Mais: é graças à força bélica que há relativo equilíbrio e convivência pacífica entre as nações. Quem não consegue admitir isso, ou é ingênuo, ou vive numa bolha utópica acreditando ainda no mito do “bom selvagem” de Rousseau, que preconiza que o homem é bom por natureza, mas que a sociedade é que o corrompe.

Anos atrás, vi um filme muito interessante que conta a história de um padre que foi capturado por uma tribo de índios norte americanos. Com o passar do tempo ele acabou sendo aceito por eles e até mesmo pode catequizá-los! Como resultado de um Cristianismo ensinado de modo ingênuo, acabaram por abdicar de suas armas, como também de uma cultura belicosa e assim, em poucos anos, acabaram exterminados por outras tribos guerreiras.

Imagine, apenas como ilustração, que estoure uma guerra do Brasil contra… a Argentina, por exemplo. Eu, como Cristão, devo ter como princípio, dentre tantos outros, o mandamento “não matarás”, certo?! Perfeito! Este é o princípio! Mas há uma ética, também Cristã, que me obriga a defender o meu país sob pena de o inimigo entrar aqui e fazer mal, matar ou escravizar minha esposa, filhos, parentes e amigos, não é verdade? Assim, nesta excepcionalidade que é a guerra, eu como Cristão, posso ter que estar na linha de frente combatendo até mesmo irmãos em Cristo do lado oposto! Assim é o mundo! Assim é a vida! 

Ao contrário das mentiras contadas pelos progressistas, as armas NÃO matam! O que mata são as pessoas que agem fora da lei, ou desequilibradas emocionalmente! As estatísticas estão aí para provar: Desde o início do atual governo, abertamente favorável ao armamento da população, as taxas de homicídio caíram de quase 60 mil/ano para 41 mil/ano em 2021. Sim, ainda altas, mas sem dúvida com viés de queda.

Então, é mais uma mentira deslavada dos progressistas que, liberando as armas, os índices de criminalidade aumentariam grandemente… Oras, pra começar, os dados acima citados e expressos no quadro ao final deste artigo provam que não. Além disso, a concessão da posse de armas de fogo exige que o candidato passe por um rigoroso processo, que comprove uma conduta social adequada e uma mínima capacidade de manuseio do armamento, o que engloba: ficha criminal limpa em âmbito municipal, estadual e federal; plenas capacidades mentais e cognitivas através de rigoroso exame psicotécnico; curso e provas de tiro prático e teórico que abordam segurança, manuseio, conhecimento sobre armas; treinamento contínuo através da filiação e habitualidade em um clube de tiro; idade mínima; ocupação lícita e endereço residencial fixo. Tudo isto configura um rígido controle por parte dos órgãos gerenciadores como o Exército Brasileiro e a Polícia Federal. Ou seja, nenhum criminoso atende a todos estes requisitos! Logo, é lógico, claro, óbvio e cristalino que bandidos não adquirem armamento de modo legal! Pelo contrário, as armas dos criminosos são ilegais, contrabandeadas! Estas sim, devem ser combatidas!

Os argumentos levantados quando acontece alguma ação isolada, como a de pessoas sem antecedentes que surtam e cometem assassinatos em massa, como os que já aconteceram em escolas americanas, por exemplo, são exceções e não regra! Porque não se fala de quantas mortes são evitadas pelo uso de armamento para defesa pessoal?! Ainda: até mesmo essas exceções poderiam ser evitadas ou reduzidas se fosse permitido aos professores e funcionários dessas escolas que portassem suas armas.

A velha ladainha dos progressistas de que criminosos são vítimas da sociedade, de que só enveredam pelo caminho do crime por conta da miséria e da falta de oportunidades, pode até ter lá as suas exceções, como o caso dos meninos cooptados desde crianças pelo tráfico, mas nunca podem ser usadas como regra e, muito menos, como argumento para demonizar as forças policiais e/ou cercear seu poder de combate!

A decisão liminar concedida pelo ministro do supremo, Edson Fachin, impedindo ações policiais nas favelas do Rio, a pedido do deputado federal do PSB-RJ, Alessandro Molon, um completo irresponsável!, é das medidas mais absurdas que se tem notícia na história da gestão pública no Brasil! Como consequência, o poderio das facções criminosas cresceu absurdamente, se configurando como um verdadeiro poder paralelo, algo calculado como um “exército” em torno de mais de 50.000 criminosos, só na cidade do Rio de Janeiro!, mantendo a população de suas comunidades totalmente reféns da tirania e do terror!

Mais: Não se combate assassinos cruéis, fortemente armados e sem nada a perder, com pombinhas brancas ou atos simbólicos pela paz! Não são eles apenas inocentes “meninos”, “estudantes”, “supostos autores”, ou meros “suspeitos”… não estão eles portando reles “guarda-chuvas”, como ridiculamente são descritos por uma mídia mainstream majoritariamente progressista e que torce pelos bandidos nos confrontos com as forças policiais! Chegam ao cúmulo de comparar o número de baixas entre um lado e o outro a fim de demonizar a polícia com termos como “alta letalidade” ou “força desproporcional”! Estes criminosos estão portando fuzis, armamento de guerra! Estão ali é para matar ou morrer e muitos são mesmo irrecuperáveis! Se desumanizaram e se transformaram em monstros! Monstros ao ponto de assassinarem até crianças, como o caso dos três meninos que haviam roubado um passarinho! Há até mesmo uma hierarquia e um código próprio que os leva a crescer de posto dentro da facção, quanto mais cruéis forem seus atos! Os demais moradores, honestos e trabalhadores dessas comunidades vivem então sob um clima de terror permanente! 

Logicamente que qualquer pessoa bem intencionada não gostaria que tais coisas existissem! Mas é preciso encarar o mundo real! Tal quadro se agravou muito desde os anos 80 quando Leonel Brizola fez pacto com o tráfico e as facções se proliferaram no Rio e depois Brasil afora, sustentadas pela pandemia das drogas. Aos idiotas que defendem bandidos, que querem o fim das polícias militares e a liberação das drogas, afirmo categoricamente: Essa postura burra só vai até o momento em que ocorrer com vocês, progressistas! No dia em que perderem um ente querido para as drogas — como foi o meu caso, que perdi um irmão que morreu de câncer aos 43 anos, viciado em crack — ou assassinado por um assaltante, você, idiotinha útil, inteligentinho de merda das humanas de alguma PUC ou Federal, vai sentir na pele e se arrepender amargamente!

A solução é de difícil execução, leva tempo, mas passa principalmente pela mudança nas leis, com o seu endurecimento, adotando-se políticas de tolerância zero e punições rigorosas. E passa, inevitavelmente, pela construção de um ciclo virtuoso de crescimento e desenvolvimento econômico, que consequentemente traz a reboque melhorias na qualidade de vida de toda a população como um todo: emprego, educação, saúde, segurança… e assim por diante!

Não se combate a criminalidade com legislação frouxa e leniente! Alguns exemplos: Nova Iorque era considerada uma das cidades mais violentas dos EUA. Com a adoção de medidas de tolerância zero, por parte de seu então prefeito, Rudolph Giuliani, se tornou na época uma das mais seguras do mundo. O sistema baseou-se no princípio da repressão inflexível a crimes menores obrigando o respeito à legalidade e promovendo assim a redução de crimes. O combate intransigente à corrupção na polícia também foi fundamental para seu êxito! Os assassinatos diminuíram 61% e a prática de crimes em geral caiu 44%, depois da aplicação da política iniciada em 1994. A iniciativa aumentou o policiamento ostensivo nas ruas e as punições a contravenções e crimes menores, como não pagar transporte coletivo ou consumir bebidas alcóolicas nas ruas. Essa mesma política de tolerância zero foi adotada pela “Dama de Ferro”, Margaret Thatcher, que acabou com a violência dos temidos Hooligans no futebol inglês, ao banir perpetuamente dos estádios qualquer um que cometesse o menor delito que fosse! 

“Teoria das Janelas Quebradas”

O conceito que deu origem ao modelo de segurança pública “tolerância zero” foi a “teoria das Janelas Quebradas”, um texto publicado em 1982 pelo cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminalista George L.Kelling, na revista Atlantic Monthly.

O argumento dos autores considera um prédio com algumas janelas quebradas. Eles defendem que, se elas não forem reparadas, a tendência é que os vândalos quebrem mais algumas janelas.  Eventualmente, o prédio pode até mesmo ser invadido se estiver desocupado, como efeito do aspecto de depredação.

Os autores usaram essas imagens para explicar que a criminalidade pode aos poucos se infiltrar em uma comunidade, provocando sua decadência e destruição.

Para os dois autores, se uma janela quebrada não for imediatamente consertada, as pessoas que passam pela rua podem pensar que ninguém se importa com o local e, portanto, não há um responsável ou autoridade para manter a ordem.

A premissa das janelas quebradas é: “Pequenas desordens levariam a grandes desordens e, mais tarde, ao crime”.

Essa teoria sustentou políticas de segurança pública em diversas cidades. Além de Nova York, Chicago e Houston também tiveram modelos de “choque de segurança”.

O cidadão de bem, aquele que trabalha, paga seus impostos, procura viver de maneira pacífica e ordeira, deve ter sim, todo o direito à legítima defesa pessoal, de sua família e de sua propriedade! Nada mais justo e lógico do que isto! Negar-lhe este direito é praticamente condená-lo a uma loteria sobre seu direito e de seus familiares à vida! A questão das armas é muito clara, mas tem muita gente que não entende nada do assunto legislando e julgando sobre o tema. Dentre os cidadãos de bem, ninguém é obrigado a comprar armas, mas também ninguém deveria ser impedido de se defender caso necessário… como se diz: “Melhor ter e não precisar usar, do que precisar usar e não ter”! Mais: “A melhor forma de empoderamento feminino para combater a violência contra a mulher, é dar a ela a oportunidade de ter uma arma de fogo”!

No fim das contas, o slogan de Samuel Colt nunca esteve tão atual e deixo aqui um alerta: a estratégia mais básica de governos tirânicos, de regimes com tendência totalitária, tem sido, conforme podemos ver ao longo da história, a de primeiro promover o desarmamento de sua população!

Àqueles que apenas repetem narrativas ocas, sem argumentação consistente, sem estudar a fundo o tema: CACs e IATs são pessoas responsáveis, pais de família, trabalhadores, cumpridores da lei! Ninguém tem INTENÇÃO de matar, mas queremos ter o direito à legítima defesa, caso necessário! Mais claro e lógico do que isso, impossível!

Por tudo o que escrevi neste artigo, recomendo enfaticamente que assistam ao documentário “Entre Lobos” do Brasil Paralelo! Imperdível para quem quer entender melhor essa questão, e também um magnífico texto sobre Samuel Colt: “As armas são a civilização”, publicado no site Vespeiro de Fernão Lara Mesquita: https://vespeiro.com/tag/samuel-colt/ .

 

  

Número de assassinatos cai 7% no Brasil em 2021 e é o menor da série histórica | Monitor da Violência | G1

 

 

Francisco Ferreira

Cristão Reformado, Conservador, Marido, Pai, Armamentista, CAC/IAT, Empresário… e também um Gestor Esportivo.   

 

 

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